Vera Barbosa

A maioria das coisas importantes que aprendo vêm de dentro, e não de fora de mim.

Textos

                        CONSCIÊNCIA   - I

          Estado de consciência costuma ser considerado um estado de vigília, em que a pessoa tem todas as sensações, pensa, raciocina, anda, trabalha, se comunica, etc., ou mesmo o estado de sono, do qual a pessoa pode ser facilmente acordada e ficar consciente.
          Tudo isto realmente significa estar consciente e não, por exemplo, desmaiado ou em estado de coma, em que não se consegue realizar nada disto.
          Mas a consciência de que tratarei aqui e nos próximos textos é um estado mais profundo e muito mais sutil, imperceptível as outras pessoas,  senão quando o ser consciente se manifesta, realizando atos ou dizendo coisas que, para outras pessoas podem ser considerados ridículos, inocentes ou até despropositados.
          Essa consciência  independe de idade, nível de inteligência, formação educacional, religião, etc.

          Inicio com um exemplo singelo,  mas que dá mais ou menos a ideia do que seria esta consciência de que falo.
          Uma menininha de 9 anos, com mais três irmãozinhos menores do que ela fica órfã de mãe. O pai não pode cuidar delas, pois precisa trabalhar o dia todo para sustentá-las. A criança de 9 anos passa a cuidar dos irmãos menores, como se fosse a mãe.
          Uma vizinha, vendo-a trabalhar constantemente, foi perguntar-lhe  por que fazia isso, se ela também era uma criança e tinha ficado tão desamparada quanto seus irmãos, e disse que ela não precisava fazer aquilo. A criança, olhando-a nos olhos, disse: mas há uma vozinha dentro de mim que diz que eu devo.
          Então, a questão aqui é essa: fazer o que acha que deve ser feito, ou não fazer o que mandam, se sentir que não é certo. Se aquela vozinha interior não disser que deve.
          No fundo, é a máxima cristã do “fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem e não fazer aos outros o que não queremos que nos façam”. 
          Simples, mas nem por isto é fácil.
 
          Para não me alongar muito, deixarei para os próximos textos alguns exemplos do que considero ser consciente, conforme  essa acepção mais profunda.
 
Primavera Azul
Enviado por Primavera Azul em 10/11/2018


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